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Apple lança concorrente do Netflix, plataforma de games, assinatura de revistas e até cartão de crédito

Com o mercado de smartphones maduro, vender novos iPhones é cada vez mais difícil. Mas com uma base de centenas de milhões de consumidores fiéis, a Apple aposta na oferta de novos serviços para aumentar o faturamento. Nesta segunda-feira, a companhia apresentou uma plataforma de streaming de vídeos, outra de videogames, levou as bancas de revistas para dentro do celular e lançou até um cartão de crédito. De titânio.

— Por décadas, a Apple vem produzindo hardwares de primeira classe. E também serviços de primeira classe — afirmou o diretor executivo da companhia, Tim Cook. — Hoje, estamos expandindo ainda mais os nossos serviços.

Para dar início ao Apple TV+, a companhia investiu pesado na contratação de estrelas de Hollywood para a produção de conteúdo original. O diretor Steven Spielberg está produzindo a série “Amazing Stories”; o trio Jennifer Aniston, Reese Witherspoon e Steve Carrell estrelam o “The Morning Show”; J. J. Abrams está no projeto “Little Voice”, com a cantora Sara Bareilles; além da estrela americana Oprah Winfrey.

— A plataforma da Apple me permite fazer o que faço de forma totalmente nova. Leva tudo o que eu sei seobre conectar pessoas para o próximo nível, porque eles estão em um bilhão de bolsos — brincou Oprah. — Estou orgulhosa e honrada de fazer parte desta nova plataforma que permite conectar com milhões de pessoas ao redor do mundo.

Para aumentar o potencial de assinantes, a Apple fechou parceria com concorrentes para levar o aplicativo Apple TV para as smartTVs. Donos de televisores Samsung, Sony, LG e Vizio poderão fazer o download do programa, eliminando a necessidade de pareamento com o iPhone ou iPad. O serviço será lançado no último trimestre do ano, mas os valores não foram divulgados.

Com o Apple News+, os assinantes pagarão mensalidade de US$ 9,99 para ter acesso a mais de 300 revistas, além dos jornais “Los Angeles Times” e “Wall Street Journal”. O serviço já está disponível nos EUA e no Canadá, com uma oferta adicional de revistas canadenses e do jornal “The Star”. Austrália e Canadá receberão o serviço ainda neste ano, mas não há informações sobre outros mercados.

Os preços das revistas variam. A assinatura digital anual da “New Yorker”, por exemplo, custa US$ 100, enquanto a “Vanity Fair” custa US$ 20. Segundo a Apple, todas as assinturas teriam custo anual acima de US$ 8 mil.

— Provavelmente como muitos de vocês, eu amo a sensação de estar numa banca de revistas. Nós queremos todas elas, mas podemos pegar apenas uma ou duas. Mas e se pudéssemos tê-las todas? É isso o que faremos hoje, vamos trazer as revistas para o aplicativo Apple News — afirmou Cook. — E isso é ótimo para os consumidores e ótimo para os publicadores.

Para os videogames, a plataforma Apple Arcade será um repositório de jogos exclusivos, compatíveis com iPhones, iPads, Macs e Apple TV. De acordo com a companhia, mais de um bilhão de usuários já fizeram downloads de games na App Store, que possui mais de 300 mil jogos. A ideia por trás do novo serviço é dar visibilidade a jogos considerados “premium”, que dificilmente conseguem concorrer com títulos gratuitos.

O lançamento está previsto para o último trimestre, com uma lista inicial de mais de cem jogos produzidos por estúdios e desenvolvedores reconhecidos, como Cartoon Network, Konami, Lego, Sega e Hironobu Sakaguchi (criador de “Final Fantasy“). O preço da assinatura não foi divulgado.

— Com uma única assinatura você terá acesso a mais de cem jogos novos e exclusivos — afirmou Ann Thai, gerente de produtos da App Store. — Você não vai encontrar esses jogos em outra plataforma mobile ou serviço de assinatura.

Outra novidade apresentada pela companhia é o Apple Card. O cartão de crédito tem foco no virtual, em estabelecimentos que já aceitam o Apple Pay, mas oferece também uma versão física, feita em titânio. Cook explicou que na operação do Apple Pay, a empresa aprendeu como funciona o sistema de crédito, e decidiu melhorar essa experiência.

Para atrair os clientes, a Apple cortou as multas por atraso, a taxa de anuidade e cobranças extras por compras internacionais. Segundo Jennifer Bailey, vice-presidente do Apple Pay, a ideia é facilitar, e não dificultar o pagamento das dívidas das pessoas. O programa de pontos também foi redesenhado, oferecendo, diariamente, créditos em dinheiro. O reembolso é de 2% de todas as compras e, se forem em lojas Apple, a taxa é de 3%. O Apple Card estará disponível no meio do ano.

— Nos programas de pontos, você nunca sabe quanto eles valem, nem como usá-los — disse Jennifer. — Com o Daily Cash, sempre que você faz uma compra com o cartão, recebe dinheiro de volta.

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